Tem pessoas que dão uma volta imensa para chegar ao mesmo lugar: estudam, vislumbram um futuro rico e glorioso, se formam e acabam fazendo aquilo que faziam no começo de tudo: aquilo que lhes fascinava. Alguns perseguem o que realmente amam, seja lucrativo ou não. Talvez por necessidade, talvez por preguiça, talvez por destino. Mas muitas vezes é aquele o ofício que lhes define. Seu labor intrínseco. É o que lhes preenche.
Em consultório, entre conhecidos ou mesmo em viagens, às vezes acabo perguntando, com jeito: quem você pensa que é para julgar a trajetória dos outros? E quem garante, aliás, que essas suas certezas aí são tão firmes assim? Tem gente que prefere o mais caro, tem gente que anseia pelo mais alto e tem gente que prefere o mais simples. E daí? Você vive no lugar de alguém? Corre com as pernas ou nas costas dos outros? Enquanto se repara no que fazem ou deixam de fazer, tem pessoas fazendo esse baita circuito pra descobrirem quem são. E certas elas, viu? Mesmo com dúvidas, elas seguem. E chegam no lugar que devem chegar, cedo ou tarde. Porque é assim. Porque presença de espírito requer andança.
Nobre é respeitar o percurso alheio, na vitória e na errância. Cada um escreve o próprio rastro. Quem disse, aliás, que a vida é só altura ou abismo? Olhar em volta pode ser revelador: você e sua história em longos círculos de providência e promissão. Em vez de desqualificar a evolução ou reparar na 'perda de tempo' das pessoas, melhor é desejar o melhor: abençoar o caminho do outro é um bom passo para valorizar [ou encontrar] o seu próprio.
E se você não sabe quem você é, aperte o pé.
Dá tempo.
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