"Agora vai contar-nos o duelo, pensei, e de fato a carta colocada à mesa
naquele momento foi o tilintante Dois de Espadas."
naquele momento foi o tilintante Dois de Espadas."
Italo Calvino
O Castelo dos Destinos Cruzados, 1973
Imagem. Eis a força, a mensagem por trás do silêncio gritante do tarô. Narrações aos olhos libertos, mas não com as mãos vazias. As cartas sugerem movimento, seja mental, seja físico. E é no movimento que mora a mensagem, é na brisa sobre as águas que se faz a metáfora. O naipe de Espadas é complicado, concordam alguns. Talvez porque ele seja puro pensamento e não se abra aos mais efusivos. Exige reflexão, adora jogos de inteligência. É detestado e temido, até.
Se o Ás é o primeiro passo na formação do processo do entendimento, o Dois quebra expectativas. Ou melhor, as corta. Lentamente. São alianças, paradoxos, tensões. Conflitos que demandam tempo para serem assimilados e coroados por analogias. O céu mantém-se azul.
Se o Ás é o primeiro passo na formação do processo do entendimento, o Dois quebra expectativas. Ou melhor, as corta. Lentamente. São alianças, paradoxos, tensões. Conflitos que demandam tempo para serem assimilados e coroados por analogias. O céu mantém-se azul.
Na pintura de Frieda Harris, o arcano é bonito e leve. Equilibra a turbulência interna e causa serenidade, ponderação. Táticas pacíficas e justas. O descanso das armas sob o fundo verde e amarelo – sem patriotismo e conotações políticas, por favor. Astrologicamente, Crowley o concebe como Lua em Libra, que ajuda na explicação: o clima é propício a relacionamentos, ao culto do belo, da harmonia e da diplomacia. Interessante que um dos atributos é justamente o entendimento e reconciliações favorecidas. Aquele lance de ser correto, justo. A racionalização da vida. A influência dos Maiores é nítida – uma extensão do oitavo arcano, A Justiça? Ou seu conflito conceitual?
Na visão de Waite-Smith, é a guerra íntima. A venda nos olhos pode indicar cegueira neste arcano. O sentido é o de retiro interior. Há quem diga que cego é aquele que ignora a realidade, o irresponsável. A mulher retratada, portanto, descarta as aparências enganadoras do mundo, adquirindo o conhecimento de sua própria realidade. Coração fechado pra balanço, vale dizer. Lua Crescente, se vista pelo hemisfério norte – um outro contexto simbólico, que mostra até onde podem ir as emoções, o nível de lágrimas deixados para trás. Crescentes as barreiras, apenas.
Já na simbologia maçônica, duas espadas desembainhadas e cruzadas representam o Cobridor Interno. O cargo, que só é concedido a um mestre, nunca pode ser ocupado por um aprendiz ou companheiro. Outro termo para a função é “Guarda do Templo”, reforçando a semelhança imagética com o arcano 2, a Sacerdotisa: as duas velam pelo mistério das águas.
Mesmo desprovida de visão, nada fica imune aos seus sentidos: quem chega perto pode morrer. É assim que se resolvem quaisquer pendências emocionais – talvez por isso alguns enxergam uma tesoura sendo empunhada, jamais um “V” de vitória. V de Vingança? Desaconselhável. A lei tríplice é real. Perfura corações na tempestade. Pura (in)conseqüência.
Um símbolo sozinho não tem poder algum. É o povo que dá poder aos símbolos. O anti-herói dos quadrinhos de Alan Moore e David Lloyd espera anos para detonar, literalmente, seu glorioso plano. Talvez aqui haja a conversa entre o enredo e os sintomas da lâmina. Cada passo premeditado. A pressa sempre coloca tudo a perder. A desforra é plena.
Entrando de cabeça na Matrix, mais coincidências pulam à vista. E aos outros sentidos, no caso. Neo e Thomas Anderson são duas pessoas, duas vidas paralelas. Thomas é o ser humano normal, vivendo horizontalmente (nasce, cresce, trabalha e morre), sem buscar o significado às perguntas e sem se preocupar com o despertar da consciência, de acordar o 'adormecido'. Já Neo é o rebelde, aquele que quer vencer as barreiras e as limitações físicas. Não é nítida a contradição individual?
Sua cegueira também não é mera coincidência. Trata-se da constatação de que chegou a um alto nível alto de consciência no qual os sentidos não são mais necessários para se enxergar o essencial. Ele alcança a Terceira Visão, de fato. Talvez o objetivo maior da jornada do arcano. Se a realidade for definida apenas por aquilo que é processado pelos cinco sentidos, então ela é apenas o resultado do que é perceptível ao cérebro, ou seja, pode ser manipulada tanto por uma realidade virtual (a própria Matrix) como por meio de truques: a Terra parece estar em repouso, quando na verdade se move, assim como as estrelas parecem andar.
Os olhos mostram uma coisa enquanto o conhecimento científico explica outra. O que se vê nem sempre é a realidade. As ilusões de ótica provam.
Tudo o que se vê, então, é o irreal. Ou não.
"O que é a realidade?" – a questão que perdura durante toda a saga, é a mesma que a filosofia ocidental tem feito nos últimos milênios. Enquanto a aparência do mundo é bela (a gigantesca e antiga civilização, sua política, economia e leis a serem seguidas), atualmente ele se mostra degradado (a violência, o egoísmo e o materialismo dominante), dando a entender que se deve cultivar a realidade interior, não a apresentada pela existência física.
Em termos semânticos, as atribuições do Dois de Espadas são demonstradas pela antinomia, isto é, o sentido dúbio na forma com a qual uma mensagem é transmitida e entendida. Guerra e paz, conflito e equilíbrio; a pura articulação das emoções, dos pensamentos que rasgam ou aliviam a mente. Outro fator importante é a falta do aspecto afetivo da figura feminina. O envolvimento é zero, pois há a negação fria e afiada dos sentimentos. Não se descarta a possibilidade de desilusões se colocada ao lado da segunda carta numerada de Copas. Mais ainda se ela for disposta decrescentemente no próprio naipe de Espadas: no Ás, o renascimento das idéias, da vontade.
A dama de branco no Rider-Waite, cuja comunicação externa é nula, passa a ser um indivíduo não identificável, em todos os sentidos. Sintomas de esquizofrenia, porque não? O rosto que não reage, a postura séria e rígida. Apenas as mãos determinam o golpe. Qualquer aproximação se traduz em sangue no aço, já que ela não se faz distinção dos que chegam perto do seu banco. Se a mulher que empunha firmemente suas armas for vista como princesa do reino de Espadas, outras possibilidades imaginativas se abrem em leque: a jovem passa pela iniciação, o puro duelo entre suas sombras e virtudes, entre o medo e a coragem para galgar o futuro trono. Porém, se levadas em conta atribuições familiares do naipe (rigidez, domínio, castração e frieza), a menina cresce duplo-vinculada, ou seja, com desequilíbrios emocionais decorrentes da comunicação de seus genitores; a desorganização do intelecto e a fuga da realidade. Valores contraditórios que tonificam o paradoxo, como elogios e cobranças simultâneas.
Segundo estudos anti-psiquiátricos, o duplo vínculo só funciona quando há uma forte relação afetiva. Mesmo sendo o casal mais tenebroso do baralho, o Rei e a Rainha têm (pelo menos um) coração. Só existem sintomas quando há a ameaça subjetiva da anulação do afeto, bem característico desses pais. Se o arcano é carregado de antinomias, como o amor e o ódio, duas leis em questão, inevitável cair no conceito da aporia que, retoricamente, diz respeito ao momento em que um personagem dá sinais de indecisão ou dúvida sobre a forma de agir ou expressar-se. A atenção ao seu silêncio é imprescindível.
Aliás, "qual é o som do silêncio?"
Em termos budistas tem-se o Koan, o paradoxo que o discípulo tem de decifrar. Sua beleza é que, como fenômeno tipicamente associado à linguagem do universo, ele provoca a mente retirando a ilusão de que há algum controle sobre a realidade. Um desafio à personagem: “você é capaz de enxergar além de sua noção de verdade, de sua concepção de mundo?”
A espada é uma ferramenta de aperfeiçoamento físico-espiritual. Alquímica, portanto. O guerreiro não a usa para combater, mas pela disciplina do amor e da compaixão. Nas artes da espada japonesa, um dos estilos mais discutidos e menos compreendidos é o Niten Ichi Ryu, cuja técnica mais conhecida é a de duas espadas. Nada mais característico ao arcano, sobretudo se a imaginação permitir que a personagem seja inspirada no próprio criador do estilo, Musashi Miyamoto, o famoso samurai que venceu mais de 60 duelos e nunca foi derrotado. No seu "Livro dos Cinco Anéis", best-seller entre os executivos desde a década de 80 e até hoje editado na Europa e América, ele ressalta a importância do discernimento perceptivo, não apenas no caminho do guerreiro, mas em todas as posições sociais para adquirir uma compreensão objetiva dos mecanismos do sucesso e das oportunidades.
Sob influência confucionista, estabeleceu a base teórica e prática para a evolução da mente como um todo, fundamental aos que carregam duas lâminas nas mãos:
Não pense desonestamente, pense no que é correto e verdadeiro. Desenvolva julgamento intuitivo e compreensão de todas as coisas, aprenda a ver tudo com cuidado. Note aquelas coisas que não podem ser vistas, tomando consciência daquilo que não é óbvio.
Segundo mitos, Musashi teria empunhado seu par de lâminas e lutado sozinho contra quase 100 oponentes, além de outros adversários que se surgiram pelo caminho. Sua saga pode ser saboreada em Vagabond, de Takehiko Inoue, um dos mangás de maior sucesso nos últimos tempos.
Utilizando apenas uma espada, 100% da energia se mantém nela. Utilizando o Niten Ichi Ryu, a energia distribui-se. A cooperação entre as duas espadas faz com que se supere o potencial de apenas uma delas. E ambas devem trabalhar em harmonia, buscando a abertura e mantendo a pressão.
Na visão de Waite-Smith, é a guerra íntima. A venda nos olhos pode indicar cegueira neste arcano. O sentido é o de retiro interior. Há quem diga que cego é aquele que ignora a realidade, o irresponsável. A mulher retratada, portanto, descarta as aparências enganadoras do mundo, adquirindo o conhecimento de sua própria realidade. Coração fechado pra balanço, vale dizer. Lua Crescente, se vista pelo hemisfério norte – um outro contexto simbólico, que mostra até onde podem ir as emoções, o nível de lágrimas deixados para trás. Crescentes as barreiras, apenas.
Já na simbologia maçônica, duas espadas desembainhadas e cruzadas representam o Cobridor Interno. O cargo, que só é concedido a um mestre, nunca pode ser ocupado por um aprendiz ou companheiro. Outro termo para a função é “Guarda do Templo”, reforçando a semelhança imagética com o arcano 2, a Sacerdotisa: as duas velam pelo mistério das águas.
Mesmo desprovida de visão, nada fica imune aos seus sentidos: quem chega perto pode morrer. É assim que se resolvem quaisquer pendências emocionais – talvez por isso alguns enxergam uma tesoura sendo empunhada, jamais um “V” de vitória. V de Vingança? Desaconselhável. A lei tríplice é real. Perfura corações na tempestade. Pura (in)conseqüência.
Um símbolo sozinho não tem poder algum. É o povo que dá poder aos símbolos. O anti-herói dos quadrinhos de Alan Moore e David Lloyd espera anos para detonar, literalmente, seu glorioso plano. Talvez aqui haja a conversa entre o enredo e os sintomas da lâmina. Cada passo premeditado. A pressa sempre coloca tudo a perder. A desforra é plena.
Entrando de cabeça na Matrix, mais coincidências pulam à vista. E aos outros sentidos, no caso. Neo e Thomas Anderson são duas pessoas, duas vidas paralelas. Thomas é o ser humano normal, vivendo horizontalmente (nasce, cresce, trabalha e morre), sem buscar o significado às perguntas e sem se preocupar com o despertar da consciência, de acordar o 'adormecido'. Já Neo é o rebelde, aquele que quer vencer as barreiras e as limitações físicas. Não é nítida a contradição individual?
Sua cegueira também não é mera coincidência. Trata-se da constatação de que chegou a um alto nível alto de consciência no qual os sentidos não são mais necessários para se enxergar o essencial. Ele alcança a Terceira Visão, de fato. Talvez o objetivo maior da jornada do arcano. Se a realidade for definida apenas por aquilo que é processado pelos cinco sentidos, então ela é apenas o resultado do que é perceptível ao cérebro, ou seja, pode ser manipulada tanto por uma realidade virtual (a própria Matrix) como por meio de truques: a Terra parece estar em repouso, quando na verdade se move, assim como as estrelas parecem andar.
Os olhos mostram uma coisa enquanto o conhecimento científico explica outra. O que se vê nem sempre é a realidade. As ilusões de ótica provam.
Tudo o que se vê, então, é o irreal. Ou não.
"O que é a realidade?" – a questão que perdura durante toda a saga, é a mesma que a filosofia ocidental tem feito nos últimos milênios. Enquanto a aparência do mundo é bela (a gigantesca e antiga civilização, sua política, economia e leis a serem seguidas), atualmente ele se mostra degradado (a violência, o egoísmo e o materialismo dominante), dando a entender que se deve cultivar a realidade interior, não a apresentada pela existência física.
Em termos semânticos, as atribuições do Dois de Espadas são demonstradas pela antinomia, isto é, o sentido dúbio na forma com a qual uma mensagem é transmitida e entendida. Guerra e paz, conflito e equilíbrio; a pura articulação das emoções, dos pensamentos que rasgam ou aliviam a mente. Outro fator importante é a falta do aspecto afetivo da figura feminina. O envolvimento é zero, pois há a negação fria e afiada dos sentimentos. Não se descarta a possibilidade de desilusões se colocada ao lado da segunda carta numerada de Copas. Mais ainda se ela for disposta decrescentemente no próprio naipe de Espadas: no Ás, o renascimento das idéias, da vontade.
A dama de branco no Rider-Waite, cuja comunicação externa é nula, passa a ser um indivíduo não identificável, em todos os sentidos. Sintomas de esquizofrenia, porque não? O rosto que não reage, a postura séria e rígida. Apenas as mãos determinam o golpe. Qualquer aproximação se traduz em sangue no aço, já que ela não se faz distinção dos que chegam perto do seu banco. Se a mulher que empunha firmemente suas armas for vista como princesa do reino de Espadas, outras possibilidades imaginativas se abrem em leque: a jovem passa pela iniciação, o puro duelo entre suas sombras e virtudes, entre o medo e a coragem para galgar o futuro trono. Porém, se levadas em conta atribuições familiares do naipe (rigidez, domínio, castração e frieza), a menina cresce duplo-vinculada, ou seja, com desequilíbrios emocionais decorrentes da comunicação de seus genitores; a desorganização do intelecto e a fuga da realidade. Valores contraditórios que tonificam o paradoxo, como elogios e cobranças simultâneas.
Segundo estudos anti-psiquiátricos, o duplo vínculo só funciona quando há uma forte relação afetiva. Mesmo sendo o casal mais tenebroso do baralho, o Rei e a Rainha têm (pelo menos um) coração. Só existem sintomas quando há a ameaça subjetiva da anulação do afeto, bem característico desses pais. Se o arcano é carregado de antinomias, como o amor e o ódio, duas leis em questão, inevitável cair no conceito da aporia que, retoricamente, diz respeito ao momento em que um personagem dá sinais de indecisão ou dúvida sobre a forma de agir ou expressar-se. A atenção ao seu silêncio é imprescindível.
Aliás, "qual é o som do silêncio?"
Em termos budistas tem-se o Koan, o paradoxo que o discípulo tem de decifrar. Sua beleza é que, como fenômeno tipicamente associado à linguagem do universo, ele provoca a mente retirando a ilusão de que há algum controle sobre a realidade. Um desafio à personagem: “você é capaz de enxergar além de sua noção de verdade, de sua concepção de mundo?”
A espada é uma ferramenta de aperfeiçoamento físico-espiritual. Alquímica, portanto. O guerreiro não a usa para combater, mas pela disciplina do amor e da compaixão. Nas artes da espada japonesa, um dos estilos mais discutidos e menos compreendidos é o Niten Ichi Ryu, cuja técnica mais conhecida é a de duas espadas. Nada mais característico ao arcano, sobretudo se a imaginação permitir que a personagem seja inspirada no próprio criador do estilo, Musashi Miyamoto, o famoso samurai que venceu mais de 60 duelos e nunca foi derrotado. No seu "Livro dos Cinco Anéis", best-seller entre os executivos desde a década de 80 e até hoje editado na Europa e América, ele ressalta a importância do discernimento perceptivo, não apenas no caminho do guerreiro, mas em todas as posições sociais para adquirir uma compreensão objetiva dos mecanismos do sucesso e das oportunidades.
Imagem do filme Miyamoto Musashi: Nitouryuu Kaigen - Toei Video, 1963 |
Sob influência confucionista, estabeleceu a base teórica e prática para a evolução da mente como um todo, fundamental aos que carregam duas lâminas nas mãos:
Não pense desonestamente, pense no que é correto e verdadeiro. Desenvolva julgamento intuitivo e compreensão de todas as coisas, aprenda a ver tudo com cuidado. Note aquelas coisas que não podem ser vistas, tomando consciência daquilo que não é óbvio.
Segundo mitos, Musashi teria empunhado seu par de lâminas e lutado sozinho contra quase 100 oponentes, além de outros adversários que se surgiram pelo caminho. Sua saga pode ser saboreada em Vagabond, de Takehiko Inoue, um dos mangás de maior sucesso nos últimos tempos.
Utilizando apenas uma espada, 100% da energia se mantém nela. Utilizando o Niten Ichi Ryu, a energia distribui-se. A cooperação entre as duas espadas faz com que se supere o potencial de apenas uma delas. E ambas devem trabalhar em harmonia, buscando a abertura e mantendo a pressão.
Musashi deixa claro que "no início tudo parecerá difícil, mas a princípio tudo é difícil. Quando se acostumar ao manejo das duas espadas, você adquirirá a força do Caminho. Morrer com uma espada na bainha é indigno". O correto é utilizar todos os recursos para alcançar os intentos. Esse é o ensinamento das duas espadas, que pode ser aprendido e assimilado por todos durante a vida.
"A percepção é forte e a visão é fraca. É importante ver o que está distante como se estivesse perto e ter uma visão distanciada do que está próximo." Pronto, encerram-se aqui as analogias. Cortantes, como sempre. Falando em termos interpretativos, a proposta do Dois de Espadas não é evitar o dualismo, mas findar seu domínio, atingindo um único estágio mental. O duelo não é pra qualquer um. Quando se aprende a viver além da realidade, atinge-se a meta mais saudável: a liberdade incondicional da mente única, segundo a filosofia oriental.
Contradições. A serenidade só é abalada pelo equívoco entre as imagens. Ainda há tempo e razão pra meditar, sobre ambas as armas.
E o céu continua azul. Olhos livres nele.
Paz restaurada,
Leo